Com a mesma densidade
Dos caminhos que me levam
Até ti.
Com esta mesma verdade
Dos desejos que se elevam
Até ti.
Salva me
Esta só expressão,
Segue o meu corpo e flutua:
Nua,
Sobre a escuridão,
No correr dos nossos lençóis
E no leito do meu curso
De onde sobe em suspensão
E em mudo discurso.
E o lodo a meus pés
Já se entrega à morte.
13 de junho de 2006
Este poema vai nos fazendo desprendidos, e logo estamos a levitar, flutuando sobre todas as coisas materiais. Até que, como o peso da realidade, arrasta-nos ao abismo que conclui o poema. Gosto deste poema.
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